Capitulo 13 A viagem do Edu
É terça – feira o Eduardo, me
deixou em casa de manhã bem cedo, tive que acordar uma hora mais cedo, porque
ainda tive que passar em casa para trocar de roupa, antes de vir para o
trabalho, mas surpreendentemente não estou cansada nem irritada. Não sei bem
que horas fomos dormir , nem quanto tempo durou aquele sexo esplendoroso, mas
descobri que ele faz muito bem, pois estou mais disposta do que nunca.
O dia é tranquilo, exceto pela minha
assistente, Valesca que não para de me olhar como se soubesse exatamente o que
eu fiz ontem, o fim da tarde está chegando, e começa a me bater uma certa
tristeza, pois depois de três dias consecutivos com o Edu, esse é o primeiro
por do sol que vou passar sem ele, pois ele teve que viajar para resolver uns
negócios , e só volta amanhã.
É incrível como a sensação que eu
tenho é com se a gente tivesse passado um ano juntos e agora fizesse um ano que
eu não o vejo. Estou perdida em meus pensamentos quando a Valesca entra e me
entrega um embrulho que acabaram de deixar na recepção junto com um buquê de
flores e um cartão. “ essas flores são pra lembrar que você é mais que uma
fantasia. É um sonho que se tornou real. E esse presente é pra você lembrar de
mim ao por do sol, e amanhã contar o que lhe dá prazer, com amor Edu.”
As flores me deixaram
profundamente derretida, ainda mais apaixonada, e o presente bem o presente me
faz relembrar que ele realmente é muito antagônico. Tão romântico e tão
pervertido, que eu abro o embrulho e fecho na mesma hora, para não haver risco
da Valesca ver o que está ali dentro.
É o fim do expediente e eu volto
pra casa cantarolando. “Eu quero ser um lindo sonho pro seu coração” percebo
que a música e típica de uma adolescente boba e apaixonada, mas com a felicidade
que estou sentindo isso pouco importa.
Então continuo “ quero fazer da sua vida poesia e canção. Chego e
assisto o por do sol de minha janela enquanto cheiro as rosas que ele me
mandou, quando o sol se põe, eu vou tomar um banho e ponho uma camisola sexy
que eu nem lembrava que tinha. Abro a caixa do presente, e observo atentamente
ele , onde se buscasse pela minha memória. Ele me enviou um pênis de plástico,
e a semelhança entre esse que está em minhas mãos e o dele , são no mínimo perturbadoras. Como
até agora tenho me sentido muito bem com tudo que ele tem feito por mim , não
custa nada tentar fazer uso daquele presente.
Encosto-me no sofá, e acaricio
minhas pernas, embora meu próprio toque não tenha o mesmo efeito que o toque
dele em mim, as lembranças da noite de ontem me ajudam a ficar excitada. Seguro
o presente com as minhas duas mãos e encaro-o, lembro do seu pênis ereto , e a
semelhança me faz leva-lo a boca, talvez como se fosse uma brincadeira, mas
depois vou me deliciando ao passar a língua por ele como se visualizasse a
expressão que ele faria se estivesse aqui.
Estou um pouco desconfortável ,
mas começo a imaginar que ele está aqui pedindo para que eu faça isso, então
acaricio minhas partes intimas, depois subo a mão e acaricio o meu pescoço ,
tentando lembrar de sua mãos passeando pelo meu corpo, mais uma vez pego o
brinquedo com as duas mãos, e passo a ponta da minha língua nele para
lubrifica-lo , depois o introduzo por inteiro na minha boca, passo ele em meus
seios e vou descendo até a yoni, deixo entra apensas o começo dele e faço
movimentos circulares, aperto meus seios e dou pequenos puxões, apoio a cabeça
no encosto do sofá e o deixo entrar ainda mais, então lembro-me de um truque
que uma amiga havia me ensinado, e tento segura-lo usando apenas os músculos de
minha vagina. Surpreendentemente os exercícios que ela havia me ensinado há
muito tempo atrás ainda surgem efeito e sinto que mesmo que de leve consigo
segurá-lo, o que faz com que eu sinta ainda mais prazer e me pergunte porque eu
não havia tentado isso antes. Começo a fazer leves movimentos de entrada e
saída lentamente, acariciando meu clitóris e massageando-o com a yoni. Enfim eu
chego ao orgasmo, dessa vez é um orgasmo mais contido, tímido. E eu lembro do
que o Edu me fez sentir ontem.
Ao fim da noite recebo uma
ligação.
- boa noite sonho meu.
- Edu. Falo com voz travessa.
- eu senti sua falta hoje.
- eu também. Eu senti muito a sua
falta.
-gostou das flores?
- adorei, vi o por do sol
sentindo o perfume dela.
- eu também vi o por do sol
pensando em você. E o presente gostou?
Suspiro antes que possa dar uma
resposta.
- adorei, mas seria melhor com
você.
Ele apenas ri e eu continuo.
- Edu , ele parece com o seu....
Não tenho coragem de terminar a
frase, dizer que um pênis de borracha parece com o pênis dele me parece um
tanto constrangedor.
- parece com o meu?pergunta ele
como quem espera que eu diga pênis
- ah. Você sabe Edu.
Ele ri e completa.
- não parece isa, é ele.
- como assim é ele?
- eu tirei o molde. Ele fala enquanto
ri.
Eu não sei
se eu sou mais inexperiente do que pensava, ou se ele é que adora me
surpreender e é um expert em sexo, eu nunca havia ouvido falar que
alguém tirasse molde e fizesse isso. Não sei que tipo de vida ele leva, para conhecer
tanto de sexo.
- você tá brincando Edu.
- não é sério. Foi a unica
maneira de eu me sentir que uma parte minha estava com você.
Eu não posso deixar de rir com
essa situação.
- não poderia ser outra parte?
Pergunto.
- você não gosta dessa parte?
- ah! Como eu gosto.
Neste instante, eu ouço uma voz
de mulher chamando.
“ Du, vamos, estão nos esperando
amor”
O quê du? Dudu já é muto íntimo, Edu eu já chamo para diferenciar das outras pessoas , mas "du", isso já é muito
mais. Quem essa mulher chamando ele de du? Ele não me permiti perguntar.
- Isa tenho que desligar. Beijo.
Estou com vontade de explodir o
telefone na parede. Será que era alguma namorada? Ou a namorada? Será que eu
sou uma amante? Não , não Isa não seja trágica, poderia ser a mãe , dele. Não não
poderia, a voz era muito jovial. Penso , penso, e a raiva vai me consumindo.
Poderia ser a irmã. Ele me disse que tinha uma irmã. Mas irmãs não falam com a
voz tão melosa. E pelo que me contou sua irmã não falaria daquele jeito. Pego o
telefone e tento retornar a ligação mas cai na caixa postal. Realmente , só pode
ser uma namorada. A namorada. Isa pare! Grita meu inconsciente..não chore! Não
se arrependa.! Repreende mais uma vez meu inconsciente. Continuo pensando
cogitando todas as possibilidades até que adormeço no sofá.
Acordo completamente dolorida, o
pescoço as costas, e as pernas, me espreguiço e gemo, mas agora de dor, tento
colocar meus ossos no lugar, vou tomar banho e deixo a água rolar pelas minhas
costas enquanto encosto a cabeça no azulejo e penso em tudo que ouve, respiro
fundo, em enrolo na toalha seco o cabelo, e vejo aquela bendita prótese no
chão. Pego e vou até o cesto de lixo para joga-la, mas não consigo , então a
jogo dentro do cesto de roupa suja. Me
olho no espelho e lembro do conselho de
minha mãe. Se um homem te magoou, use vestido, salto, rímel e batom. Pego
um vestido que na verdade não é muito apropriado para trabalhar , mas quero me
sentir poderosa, ponho um salto o rímel e o batom.
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