terça-feira, 11 de fevereiro de 2014


Capitulo 13 A viagem do Edu

É terça – feira o Eduardo, me deixou em casa de manhã bem cedo, tive que acordar uma hora mais cedo, porque ainda tive que passar em casa para trocar de roupa, antes de vir para o trabalho, mas surpreendentemente não estou cansada nem irritada. Não sei bem que horas fomos dormir , nem quanto tempo durou aquele sexo esplendoroso, mas descobri que ele faz muito bem, pois estou mais disposta do que nunca.
 O dia é tranquilo, exceto pela minha assistente, Valesca que não para de me olhar como se soubesse exatamente o que eu fiz ontem, o fim da tarde está chegando, e começa a me bater uma certa tristeza, pois depois de três dias consecutivos com o Edu, esse é o primeiro por do sol que vou passar sem ele, pois ele teve que viajar para resolver uns negócios , e só volta amanhã.
É incrível como a sensação que eu tenho é com se a gente tivesse passado um ano juntos e agora fizesse um ano que eu não o vejo. Estou perdida em meus pensamentos quando a Valesca entra e me entrega um embrulho que acabaram de deixar na recepção junto com um buquê de flores e um cartão. “ essas flores são pra lembrar que você é mais que uma fantasia. É um sonho que se tornou real. E esse presente é pra você lembrar de mim ao por do sol, e amanhã contar o que lhe dá prazer, com amor Edu.”
As flores me deixaram profundamente derretida, ainda mais apaixonada, e o presente bem o presente me faz relembrar que ele realmente é muito antagônico. Tão romântico e tão pervertido, que eu abro o embrulho e fecho na mesma hora, para não haver risco da Valesca ver o que está ali dentro.
É o fim do expediente e eu volto pra casa cantarolando. “Eu quero ser um lindo sonho pro seu coração” percebo que a música e típica de uma adolescente boba e apaixonada, mas com a felicidade que estou sentindo isso pouco importa.  Então continuo “ quero fazer da sua vida poesia e canção. Chego e assisto o por do sol de minha janela enquanto cheiro as rosas que ele me mandou, quando o sol se põe, eu vou tomar um banho e ponho uma camisola sexy que eu nem lembrava que tinha. Abro a caixa do presente, e observo atentamente ele , onde se buscasse pela minha memória. Ele me enviou um pênis de plástico, e a semelhança entre esse que está em minhas mãos e  o dele , são no mínimo perturbadoras. Como até agora tenho me sentido muito bem com tudo que ele tem feito por mim , não custa nada tentar fazer uso daquele presente.
Encosto-me no sofá, e acaricio minhas pernas, embora meu próprio toque não tenha o mesmo efeito que o toque dele em mim, as lembranças da noite de ontem me ajudam a ficar excitada. Seguro o presente com as minhas duas mãos e encaro-o, lembro do seu pênis ereto , e a semelhança me faz leva-lo a boca, talvez como se fosse uma brincadeira, mas depois vou me deliciando ao passar a língua por ele como se visualizasse a expressão que ele faria se estivesse aqui.
Estou um pouco desconfortável , mas começo a imaginar que ele está aqui pedindo para que eu faça isso, então acaricio minhas partes intimas, depois subo a mão e acaricio o meu pescoço , tentando lembrar de sua mãos passeando pelo meu corpo, mais uma vez pego o brinquedo com as duas mãos, e passo a ponta da minha língua nele para lubrifica-lo , depois o introduzo por inteiro na minha boca, passo ele em meus seios e vou descendo até a yoni, deixo entra apensas o começo dele e faço movimentos circulares, aperto meus seios e dou pequenos puxões, apoio a cabeça no encosto do sofá e o deixo entrar ainda mais, então lembro-me de um truque que uma amiga havia me ensinado, e tento segura-lo usando apenas os músculos de minha vagina. Surpreendentemente os exercícios que ela havia me ensinado há muito tempo atrás ainda surgem efeito e sinto que mesmo que de leve consigo segurá-lo, o que faz com que eu sinta ainda mais prazer e me pergunte porque eu não havia tentado isso antes. Começo a fazer leves movimentos de entrada e saída lentamente, acariciando meu clitóris e massageando-o com a yoni. Enfim eu chego ao orgasmo, dessa vez é um orgasmo mais contido, tímido. E eu lembro do que o Edu me fez sentir ontem.
Ao fim da noite recebo uma ligação.
- boa noite sonho meu.
- Edu. Falo com voz travessa.
- eu senti sua falta hoje.
- eu também. Eu senti muito a sua falta.
-gostou das flores?
- adorei, vi o por do sol sentindo o perfume dela.
- eu também vi o por do sol pensando em você. E o presente gostou?
Suspiro antes que possa dar uma resposta.
- adorei, mas seria melhor com você.
Ele apenas ri e eu continuo.
- Edu , ele parece com o seu....
Não tenho coragem de terminar a frase, dizer que um pênis de borracha parece com o pênis dele me parece um tanto constrangedor.
- parece com o meu?pergunta ele como quem espera que eu diga pênis
- ah. Você sabe Edu.
Ele ri e completa.
- não parece isa, é ele.
- como assim é ele?
- eu tirei o molde. Ele fala enquanto ri.
   Eu não sei se eu sou mais inexperiente do que pensava, ou se ele é que adora me surpreender e é um expert em sexo, eu nunca havia ouvido falar que alguém tirasse molde e fizesse isso. Não sei que tipo de vida ele leva, para conhecer tanto de sexo.
- você tá brincando Edu.
- não é sério. Foi a unica maneira de eu me sentir que uma parte minha estava com você.
Eu não posso deixar de rir com essa situação.
- não poderia ser outra parte? Pergunto.
- você não gosta dessa parte?
- ah! Como eu gosto.
Neste instante, eu ouço uma voz de mulher chamando.
“ Du, vamos, estão nos esperando amor”
O quê du? Dudu já é muto íntimo, Edu eu já chamo para diferenciar das outras pessoas , mas "du", isso já é muito mais. Quem essa mulher chamando ele de du? Ele não me permiti perguntar.
- Isa tenho que desligar. Beijo.
Estou com vontade de explodir o telefone na parede. Será que era alguma namorada? Ou a namorada? Será que eu sou uma amante? Não , não Isa não seja trágica, poderia ser a mãe , dele. Não não poderia, a voz era muito jovial. Penso , penso, e a raiva vai me consumindo. Poderia ser a irmã. Ele me disse que tinha uma irmã. Mas irmãs não falam com a voz tão melosa. E pelo que me contou sua irmã não falaria daquele jeito. Pego o telefone e tento retornar a ligação mas cai na caixa postal. Realmente , só pode ser uma namorada. A namorada. Isa pare! Grita meu inconsciente..não chore! Não se arrependa.! Repreende mais uma vez meu inconsciente. Continuo pensando cogitando todas as possibilidades até que adormeço no sofá.

Acordo completamente dolorida, o pescoço as costas, e as pernas, me espreguiço e gemo, mas agora de dor, tento colocar meus ossos no lugar, vou tomar banho e deixo a água rolar pelas minhas costas enquanto encosto a cabeça no azulejo e penso em tudo que ouve, respiro fundo, em enrolo na toalha seco o cabelo, e vejo aquela bendita prótese no chão. Pego e vou até o cesto de lixo para joga-la, mas não consigo , então a jogo dentro do cesto de roupa suja.  Me olho no espelho e lembro do conselho de  minha mãe. Se um homem te magoou, use vestido, salto, rímel e batom. Pego um vestido que na verdade não é muito apropriado para trabalhar , mas quero me sentir poderosa, ponho um salto o rímel e o batom.

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